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Federação Paulista de Ciclismo

10 Regras de etiqueta nas ciclovias

Basta sair o sol nos fins de semana que as bicicletas saem às ruas. Estruturas como a ainda tímida malha cicloviária da cidade de São Paulo lotam. As bicicletas, frequentes em parques como o Ibirapuera e o Villa-Lobos, tomaram as ruas quando iniciativas como a Ciclofaixa de Lazer, interligando parques da cidade de São Paulo, passaram a funcionar. O fluxo de ciclistas é enorme: são mais de dez mil pessoas pedalando nos 45 quilômetros a cada domingo de sol.

Outras estruturas como a Ciclovia Marginal Pinheiros e a malha de ruas que forma a Ciclo Rota de Lazer também lotam nos fins de semana e feriados. Por serem regiões com sinalização que torna a bicicleta mais visível para motoristas, costumam ser as preferidas para os iniciantes, além de caminhos naturais para quem já usa a bike para se locomover pela cidade.

Aline Cavalcante, ciclista urbana e integrante do coletivo Pedalinas, é usuária frequente da ciclofaixa. “Pedalo ali pelo menos duas vezes por mês. Já levei iniciantes e recomendo para todos que me pedem dicas para começar a pedalar na cidade. É um ótimo lugar para começar a ouvir o barulho do asfalto, sentir os carros passando pertinho, perder o medo, ganhar confiança.”

Na adaptação a esses novos espaços, podem haver incidentes. O comerciante Alexandre Tamashiro, 37 anos, pedala como meio de transporte e já tomou um tombo feio na ciclofaixa de lazer. “Fui desviar de uma moça que estava em ziguezague, e saí da ciclofaixa. Atropelei o cone e fui para o chão. Bati a cabeça, me ralei bastante, mas não foi nada grave”, diz. “O ideal era que ela não pedalasse em ziguezague e que eu estivesse mais devagar”, reconhece Alexandre.

Ciclistas experientes sabem que há regras de etiqueta para aproveitar a bicicleta ao máximo sem sustos e com segurança. “Não podemos transpor o mau comportamento que se tem no trânsito entre carros, para a ciclofaixa, entre bicicletas. Estamos lidando diretamente com o corpo das pessoas, diferentemente do carro que possui uma carcaça que protege o condutor”, reforça Aline.

Por isso, revise a bike e siga as dicas para cair no asfalto:

  1. É fundamental prestar atenção e sempre evitar movimentos bruscos. “Fique atento à aproximação de outros ciclistas e seja sempre gentil: agradecer, pedir licença, pedir desculpas caso cometa alguma falha”, recomenda Aline.
  2. Não existe uma velocidade padrão. “O ideal é acompanhar o fluxo, sem ir nem muito acima nem abaixo do ritmo de quem está próximo”, diz o ciclista Rafael Marcos de Moura Donato, assessor técnico da Secretaria Municipal de Esportes da prefeitura de São Paulo.
  3. Quem quer fazer um treino de velocidade deve considerar outros locais. “Há muita gente de todas as idades circulando. Quanto maior a velocidade, maior o risco de causar um acidente grave”, lembra Aline. Boas opções para quem quer treinar são usar a via cedo, quando ela está mais vazia, a Ciclovia da Marginal do Pinheiros, ou se juntar aos pelotões que treinam em estrada ou na Cidade Universitária.
  4. Ao ultrapassar, o ciclista deve sinalizar. “Vale buzina, voz ou um apito bem levinho, para não assustar”, explica Rafael. Use expressões como “com licença”, “passando pela esquerda” ou “passando pela direita”. “É muito chato quando um ciclista te ultrapassa tirando fina, sem avisar e colocando todos em risco”, diz Aline.
  5. Nunca pare sem avisar! “Tire uma mão do guidão, e faça o gesto de subir e descer a mão, para indicar que está reduzindo”, orienta Rafael. Evite atrapalhar o fluxo para atender o celular e resolva qualquer problema na bike no canteiro central.
  6. Não tem problema pedalar em pares, desde que não travem a passagem, explicam os especialistas. “Deixe sempre espaço do lado e preste atenção nos avisos das pessoas”, orienta Aline. “Ao perceber que alguém quer ultrapassar, fique em fila única”, completa Rafael. “Quando for ultrapassar uma dupla, avise se vai pelo canto ou pelo meio – para que as pessoas mantenham suas posições e não façam movimentos bruscos!”, diz Aline.
  7. Em família, a composição ideal é que os mais velhos abram e fechem a fila, deixando crianças no meio, em fila indiana. Oriente os pequenos a sinalizar também.
  8. Evite correr a pé nas vias destinadas à bicicleta. “Como as velocidades são muito diferentes, o risco de acidentes é maior. Se tem tantos lugares para correr, porque entrar no lugar exclusivo para bicicleta?”, questiona Rafael.
  9. “Contramão na ciclofaixa, nem para ultrapassar. O risco de acidente é muito alto”, afirma o consultor.
  10. Fones de ouvido não são proibidos, mas não são recomendáveis. “Atrapalha a percepção. Você não percebe quem está pedindo passagem”, diz Rafael.

Fonte: Revista Bicicleta

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