SP: Viagens de bicicleta crescem 70% em periferia da capital
Em setembro, um grupo de pessoas da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo realizou uma contagem de ciclista durante um período de 14 horas no movimentado cruzamento das avenidas Águia de Haia e do Imperador, em Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo. Eles registram o fluxo de 1.184 ciclistas.
A contagem fez parte do projeto “Transposições Locais – a bicicleta em contextos periféricos”, feita pela Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo – Ciclocidade e o coletivo de ciclistas Bike Zona Leste, com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo.
O resultado da ação em Ermelino Matarazzo mostrou um aumento significativo do uso da bicicleta na região. Em 2016, outra contagem no local com a mesma duração computou 687 ciclistas. Dessa forma, o crescimento das pedaladas na área foi de 72,3%.
Como funcionam as contagens de ciclistas
As iniciativas de contagens de ciclistas ocorrem pelo país desde 2008, com a metodologia criada pela associação Transporte Ativo, que atua no Rio de Janeiro com a promoção do uso de modos ativos de deslocamento, como a bicicleta e a caminhada.
Além de contabilizar o número de ciclistas que percorrem um local, também são registradas informações complementares sobre quem pedala, como faixa etária, gênero e tipo de bicicleta utilizada.
“As contagens de ciclistas são muito úteis e eficientes para o planejamento e monitoramento do uso da bicicleta como meio de transporte nas cidades. Além disso, dá visibilidade aos ciclistas que, geralmente, são invisíveis dentro da dinâmica da mobilidade urbana”, explica Tais Balieiro, da Ciclocidade. “É uma ferramento de baixo custo e acessível, que promove um envolvimento direto de cicloativistas com a prática da produção de dados relevantes.”
Fonte: Estadão